Foi perguntado ao engenheiro José Carlos Braga, sócio e consultor da Cactus Energia Verde – empresa cearense que se prepara para executar projetos de geração de energia solar fotovoltaica nos sertões do Ceará e eólica offshore no Litoral de Camocim e, ainda, de produção de Hidrogênio Verde em área da ZPE administrada pela Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, a CIPP: Em que etapa estão esses empreendimentos?
A resposta dele foi a seguinte: “Estão em plena evolução”.
Braga deu detalhes:
“O Projeto Uruquê (que gerará energia solar em Umari e Jaguaretama) está concluído e em fase de negociação com players internacionais; o Cactus encontra-se em fase de conclusão dos projetos conceituais do MoU (Memorando de Entendimento) com a CIPP, visando a disponibilização do espaço (terreno) à Planta Eletroquímica e à obtenção da Licença Prévia brevemente, além de já estar sendo apresentado por agente internacional, devidamente credenciado pela empresa, para América e Europa.
“Nesta semana, de 9 a 11, o projeto está sendo apresentado em Roterdã (Holanda), na conferência World Hydrogen Summit 2022; e o Camocim Offshore está com projeto conceitual concluído, inclusive com sua área já determinada, e em busca da Licença Prévia e regulamentação de todos os procedimentos pendentes, cuja responsabilidade cabe ao poder público.”
José Carlos Braga expõe os investimentos a serem feitos nos três empreendimentos:
“No Cactus, serão investidos 2 bilhões de euros (R$ 10,84 bilhões no câmbio de ontem); no Uruquê, 1,3 bilhão de euros (R$ 7,46 bilhões); e no Camocim Offshore, outros 2 bilhões de euros (R$ 10,84 bilhões)”.
Não surpreendem esses números, porque os investimentos na produção de H2V no Ceará, com base nos Memorandos de Entendimento até agora celebrados pelo Governo do Estado com grandes empresas estrangeiras, somam mais de 100 bilhões de euros.
O engenheiro José Carlos Braga explica, pormenorizadamente, cada um dos empreendimentos:
“O Projeto Cactus consiste na produção de amônia pelo processo haber-bosch a partir de hidrogênio produzido através da eletrólise da água por meio de fontes renováveis solar fotovoltaica e eólica offshore. A produção da planta será de 200 mil toneladas anuais de hidrogênio associadas a 415 mil toneladas anuais de amônia.
“A planta de produção de hidrogênio e amônia será instalada na Zona de Processamento de Exportação – ZPE, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém – CIPP, no Ceará. Ocupará uma área de 150 hectares, distribuída em dessalinização de água do mar, eletrólise, haber-bosch, estocagem e logística de despacho via porto e via terrestre. O suprimento de energia elétrica será realizado através da rede de transmissão do Sistema Elétrico Interligado Nacional pela subestação Pecém 2.
“A energia será proveniente da planta solar fotovoltaica Uruquê, de 2.500 MW, e da Planta Eólica Offshore Camocim, de 1.200 MW, oferecendo uma potência total média firme de 1.445 MW. A água necessária para a eletrólise terá outorga de 0,3 m3/s.
“O início de produção de hidrogênio e amônia está previsto para 2025, embora a Planta Solar Fotovoltaica Uruquê já possa comercializar energia elétrica a partir de 2023.”
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